E não é que o homem é um fenômeno mesmo? Meu marido torceu o nariz quando ele entrou (é são-paulino, o danado!) e foi logo botando defeito em tudo. Aos poucos foi se calando, em poucos minutos o Ronaldo pegou na bola 4 vezes, levando perigo à zaga aqui-inimiga em todas elas, batendo na trave e por último carimbando seu gol no Palmeiras, que ainda não tinha levado nenhum.
Tapou a boca de quem meteu a boca dizendo que ele não estava no time para jogar, porque nunca mais ia conseguir entrar em campo. Quem pensou que ele era carta fora do baralho vai ver o fenômeno ressurgir das cinzas (não seria melhor chamar de Fênix?) e voltar a ser o melhor do mundo. Para a torcida alvinegra ele com certeza já leva o título, porque gordo, ainda tratando uma lesão séria, sem ter treinado e completamente fora de forma consegue ainda ser aquele que desequilibra e que faz a diferença.
A partir de agora terão de falar com ele com o respeito que ele merece por ter feito tudo o que já fez, superado tudo o que já superou e com essa garra que o faz diferente de todos os outros. E também com toda a humildade que lhe é peculiar, entrou no ônibus com todos os outros, viu o jogo do banco sem reclamar e sem dar ataque de estrelismo (coisa que ele nunca fez). Ele é a imagem do ser humano que corre atrás de tudo o que quer, acostumado a responder com trabalho duro e êxito às críticas maldosas e intrusões em sua vida particular.
Tenho certeza de que poderei dizer ainda durante esse campeonato: "esse time só me dá alegria!"
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