terça-feira, 13 de agosto de 2013

Rogério Ceni quer afogar o Ganso

images (23)Isso não tem muito a ver com o Corinthians, mas não posso deixar de expressar a minha opinião, ao ver um dos grandes times do futebol paulista prestes a cair. Não que isso me deixe triste ou coisa parecida – já vai tarde! – mas gostaria de comentar aqui a atitude de um goleiro que sempre foi um exemplo tanto como ser humano quanto como profissional.

A crise

Segundo reportagem da Globo, tudo começou quando Rogério fez sinal ao então técnico do time (hoje devidamente já demitido) para ser substituído pelo goleiro “x”, no que não foi atendido pelo “ex”-técnico, que no seu entender e fazendo valer seu cargo no clube preferiu substituir Rogério pelo goleiro “y”. Rogério saiu de campo fazendo sinais de reprovação para o técnico, visivelmente contrariado. Tanto que em dado momento o técnico disse a ele – educadamente ou não – para ficar quieto. Depois a gente já sabe, o técnico foi substituído. Não imediatamente depois, mas algum tempo depois. Não que sua saída tenha alguma coisa a ver com o episódio.

Acredito que esse início apontado pela Globo é bem simplista, há muito mais coisa envolvida e a análise da crise precisa ser feita com seriedade e em profundidade, o que não é o meu objetivo aqui.

Rogério X Ganso

Continuando a reportagem, a Globo mostra entrevista com o Ganso, onde ele se diz “deixado de lado” e também diz que “um jogador não deveria ter tanta influência”. Claramente ele se refere a Rogério, que nunca escondeu que é e sempre foi contra a contratação do Ganso e do Lúcio pelo time. Mesmo como conselheiro eu acredito que – enquanto profissional – o que o Rogério deveria fazer era treinar muito para ser ou continuar sendo um bom goleiro e assim ajudar seu time a sair do atoleiro que ele está ajudando com suas atitudes a se perpetuar. Ou anunciar logo sua aposentadoria (outro que já vai tarde), deixando o lugar para outros goleiros que esperam uma oportunidade de pegar o osso que o Rogério insiste em não largar. Também questiono a “fome de gols” do goleiro, e acredito que mesmo depois de ter perdido um pênalti no último jogo o mesmo irá continuar querendo cobrar todas as faltas do time. Chamar para si a responsabilidade é uma coisa; querer tomar conta de tudo (cobrança de faltas, escalação do time, contratações, etc. e etc.) já é outra muito diferente.

Dando um exemplo clássico de falta de ética e profissionalismo, a resposta do goleiro/cobrador de faltas / técnico / dirigente (e sabe-se o que mais) responde às palavras do Ganso com uma frase que poderia figurar entre as “pérolas” do futebol:

(Abre aspas) ‘Se eu tivesse a influência que ele acha que eu tenho, ele já estaria no olho da rua há muito tempo.’ (fecha aspas)

Palavras do Rogério Ceni(l), minha gente! Ora, o Ganso não é qualquer um e já faz tempo que está bem claro que o clima no time não é nada favorável a ele. Os jogadores parecem preferir passar a bola ao Osvaldo (que não faz a mínima ideia do que fazer com ela além de correr e correr até acabar o campo) a passá-la para ele. Se o Ganso ainda não fez pelo clube o que se esperava dele, é fato que o clube também não lhe deu a mínima oportunidade de desenvolver seu futebol. Contratar um jogador como ele e não aproveitar seu talento é sinal de pura burrice.

O Senhor Rogério vai também me desculpar, mas como torcedora do time rival e leiga, eu não sou cega. Falta de ética e soberba também têm limites e com sua atitude e – mais ainda – com essa declaração ele ultrapassou as fronteiras do bom-senso e da educação. Se eu tinha ainda alguma admiração pela pessoa que ele sempre me pareceu ser e pelo profissional que dizem que ele é, essa admiração foi por água abaixo, dando lugar à desaprovação e à decepção.

Soluções

Não sou a pessoa mais indicada para elucubrar aqui soluções para o São Paulo nessa fase em que todos se intitulam pagés de araque e assim fornecem sua “panaceia” para salvar o clube das garras da série B, então quero mais é que eles se virem, mas uma coisa é certa: com atitudes assim é que não vai ser. Com atitudes que levam em conta apenas o lado pessoal e esquecem que time é grupo, que grupo é coesão e que coesão implica em respeito, vou ter que chorar lágrimas de crocodilo e rir por dentro quando o Rogério cair pra série B enrolado em sua língua comprida e abraçadinho com o osso que teima em não largar de jeito nenhum.

Como eu disse um dia, se eu fosse diretor de clube iria constar em todos os contratos que jogador meu não podia falar com a imprensa e se desse entrevista isso seria considerado quebra de contrato. Já há décadas que frases infelizes de jogadores são exploradas pela imprensa e que provacom mais confusão do que os gols que os tais jogadores fazem em campo.

E um jogador como o Ganso será bem-vindo em qualquer time de diretoria / técnico inteligentes – o que não é o caso do São Paulo. Basta contratar e deixar jogar que a coisa anda. Se o Corinthians quiser comprá-lo acho que seria muito boa aquisição, que venham para jogar com o Pato o Ganso, os perús, os cisnes e todo os alados, claro que deixando os “frangos” para o Rogério.

Jogador tem mais é que jogar, e especialmente para o Sr. Rogério, roupa suja se lava em casa.

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Zailda Coirano

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