Rogério Ceni quer afogar o Ganso

Isso não tem muito a ver com o Corinthians, mas não posso deixar de expressar a minha opinião, ao ver um dos grandes times do futebol paulista prestes a cair. Não que isso me deixe triste ou coisa parecida – já vai tarde! – mas gostaria de comentar aqui a atitude de um goleiro que sempre foi um exemplo tanto como ser humano quanto como profissional.

A crise

Segundo reportagem da Globo, tudo começou quando Rogério fez sinal ao então técnico do time (hoje devidamente já demitido) para ser substituído pelo goleiro “x”, no que não foi atendido pelo “ex”-técnico, que no seu entender e fazendo valer seu cargo no clube preferiu substituir Rogério pelo goleiro “y”. Rogério saiu de campo fazendo sinais de reprovação para o técnico, visivelmente contrariado. Tanto que em dado momento o técnico disse a ele – educadamente ou não – para ficar quieto. Depois a gente já sabe, o técnico foi substituído. Não imediatamente depois, mas algum tempo depois. Não que sua saída tenha alguma coisa a ver com o episódio.

Acredito que esse início apontado pela Globo é bem simplista, há muito mais coisa envolvida e a análise da crise precisa ser feita com seriedade e em profundidade, o que não é o meu objetivo aqui.

Rogério X Ganso

Continuando a reportagem, a Globo mostra entrevista com o Ganso, onde ele se diz “deixado de lado” e também diz que “um jogador não deveria ter tanta influência”. Claramente ele se refere a Rogério, que nunca escondeu que é e sempre foi contra a contratação do Ganso e do Lúcio pelo time. Mesmo como conselheiro eu acredito que – enquanto profissional – o que o Rogério deveria fazer era treinar muito para ser ou continuar sendo um bom goleiro e assim ajudar seu time a sair do atoleiro que ele está ajudando com suas atitudes a se perpetuar. Ou anunciar logo sua aposentadoria (outro que já vai tarde), deixando o lugar para outros goleiros que esperam uma oportunidade de pegar o osso que o Rogério insiste em não largar. Também questiono a “fome de gols” do goleiro, e acredito que mesmo depois de ter perdido um pênalti no último jogo o mesmo irá continuar querendo cobrar todas as faltas do time. Chamar para si a responsabilidade é uma coisa; querer tomar conta de tudo (cobrança de faltas, escalação do time, contratações, etc. e etc.) já é outra muito diferente.

Dando um exemplo clássico de falta de ética e profissionalismo, a resposta do goleiro/cobrador de faltas / técnico / dirigente (e sabe-se o que mais) responde às palavras do Ganso com uma frase que poderia figurar entre as “pérolas” do futebol:

(Abre aspas) ‘Se eu tivesse a influência que ele acha que eu tenho, ele já estaria no olho da rua há muito tempo.’ (fecha aspas)

Palavras do Rogério Ceni(l), minha gente! Ora, o Ganso não é qualquer um e já faz tempo que está bem claro que o clima no time não é nada favorável a ele. Os jogadores parecem preferir passar a bola ao Osvaldo (que não faz a mínima ideia do que fazer com ela além de correr e correr até acabar o campo) a passá-la para ele. Se o Ganso ainda não fez pelo clube o que se esperava dele, é fato que o clube também não lhe deu a mínima oportunidade de desenvolver seu futebol. Contratar um jogador como ele e não aproveitar seu talento é sinal de pura burrice.

O Senhor Rogério vai também me desculpar, mas como torcedora do time rival e leiga, eu não sou cega. Falta de ética e soberba também têm limites e com sua atitude e – mais ainda – com essa declaração ele ultrapassou as fronteiras do bom-senso e da educação. Se eu tinha ainda alguma admiração pela pessoa que ele sempre me pareceu ser e pelo profissional que dizem que ele é, essa admiração foi por água abaixo, dando lugar à desaprovação e à decepção.

Soluções

Não sou a pessoa mais indicada para elucubrar aqui soluções para o São Paulo nessa fase em que todos se intitulam pagés de araque e assim fornecem sua “panaceia” para salvar o clube das garras da série B, então quero mais é que eles se virem, mas uma coisa é certa: com atitudes assim é que não vai ser. Com atitudes que levam em conta apenas o lado pessoal e esquecem que time é grupo, que grupo é coesão e que coesão implica em respeito, vou ter que chorar lágrimas de crocodilo e rir por dentro quando o Rogério cair pra série B enrolado em sua língua comprida e abraçadinho com o osso que teima em não largar de jeito nenhum.

Como eu disse um dia, se eu fosse diretor de clube iria constar em todos os contratos que jogador meu não podia falar com a imprensa e se desse entrevista isso seria considerado quebra de contrato. Já há décadas que frases infelizes de jogadores são exploradas pela imprensa e que provacom mais confusão do que os gols que os tais jogadores fazem em campo.

E um jogador como o Ganso será bem-vindo em qualquer time de diretoria / técnico inteligentes – o que não é o caso do São Paulo. Basta contratar e deixar jogar que a coisa anda. Se o Corinthians quiser comprá-lo acho que seria muito boa aquisição, que venham para jogar com o Pato o Ganso, os perús, os cisnes e todo os alados, claro que deixando os “frangos” para o Rogério.

Jogador tem mais é que jogar, e especialmente para o Sr. Rogério, roupa suja se lava em casa.

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Zailda Coirano

Corinthians, campeão invicto da Libertadores de 2012

Calando o Boca

Esse título aí ninguém nunca vai poder apagar. Nem que o blog seja deletado, essa frase continuará sendo verdade. Quem espera sempre alcança e agora foi a nossa vez.

Nem com a torcida contra, dos times que agora não estão assim tão bem e que gostariam de continuar tendo a seu favor essa “gracinha” para nos fazer calar a boca na hora da discussão: “Vocês nunca ganharam a Libertadores…” e aí desfilavam ante nós uma fileira de títulos, entre eles a tal Libertadores. E aí a gente argumentava, e depois calava a boca.

Ontem foi a vez do Corinthians calar O BOCA. O famoso bicho papão que carregava nas costas o peso de 6 títulos e que vinha pra cima em busca do sétimo. E o Corinthians tinha a seu favor uma campanha impecável, nenhuma derrota, só 4 gols tomados.

Vim, vi e venci

Foi um dia preto e branco, aquele friozinho na barriga desde a hora de acordar já predizia muita emoção. São Paulo ficou festiva, havia alguma coisa no ar. Helicópteros e o presságio de que ontem alguma coisa ia acontecer. E aconteceu mesmo.

E não esperamos mais de cem anos pelo título, como argumentavam os “anti”, por uma questão puramente lógica: ninguém espera por uma coisa que ainda não existe, então esperamos 51 anos e nossa alegria é diretamente proporcional ao tempo que esperamos.

A alegria alheia incomoda

Uma frase jocosa de um “anti” me chamou a atenção, pouco antes de eu sair do Facebook para acompanhar o jogo. Reclamava do barulho dos rojões e no final dizia: quem tem que se preocupar é o adversário porque o Corinthians nunca perdeu uma final da Libertadores.

O sarcasmo doeu, já que foi a primeira vez que disputamos uma final. Mas no final das contas – ri melhor quem ri por último – longe de ser uma ironia, a frase acabou se tornando profética! Pois é, nação corintina, hoje podemos gritar a plenos pulmões:

O CORINTHIANS NUNCA PERDEU UMA FINAL DA LIBERTADORES

Também podemos dizer que o chegamos invictos ao título. Que merecemos ganhar. Que disputamos lealmente e que nossa conquista é inquestionável.

O que me chamou a atenção quanto às reclamações dos “anti” por causa do barulho dos fogos é que mais que nunca a alegria alheia incomodou. Então não podemos festejar nossa conquista? Será que os nossos fogos fazem mais barulho que os dos outros times quando comemoram? Deixem que os corintianos sejam felizes! Cada um tem seu momento e esse é o nosso!

Quem vive de passado é museu

Também teve “anti” dizendo que não estava com inveja porque tem um monte de títulos. Parabéns pra vocês! Mas hoje é parabéns para nós, sinto muito se não entendem que HOJE é nossa vez de comemorar. Ontem foi ontem. O que vocês ganharam com certeza já comemoraram. Agora não estamos a fim de ouvir falar de glórias passadas. Hoje é dia do corintiano ser feliz. Afaste a sua tristeza, minha alegria quer passar.

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Zailda Coirano

Corinthians na final da Libertadores

Já podemos começar a comemorar? Ainda não? Então tá… O jogo de ontem foi muito bom, quase enfartei, nos 3 minutos de prorrogação no final do segundo tempo meu coração parecia um tambor… Eu não queria acreditar, mas era verdade: Corinthians na final da Libertadores!

Juro que berrei bem alto, meus vizinhos tinham que entender que uma conquista dessas é coisa digna de acordar todo mundo (se é que já não estavam todos acordados). Tinha muito santista, sãopaulino e palmeirense acordado torcendo contra, na hora do gol do Neymar mandaram brasa soltando fogos, mas quando eu gritei no final do jogo só havia o silêncio…

O silêncio eloquente dos perdedores, dos pé-frio que não tendo um time do ♥ se contentam em torcer contra. Não estavam na semifinal o São Paulo e o Palmeiras, então ficaram torcendo contra o Timão, que nem bobos.

Hoje vão torcer pelo Boca – que acreditam ser o mais forte – e vão continuar torcendo por ele na final. Não me importa, eu sou corintiana e só torço pelo Corinthians, porque eu tenho time e não preciso torcer pra outro, seja contra ou a favor.

Os jogadores do Santos saíram falando da “retranca” do Corinthians. Que retranca? Só se for a retranca do Santos, porque o Santos só fez um golzinho chorado em 180 minutos, o Coringão fez dois. Os jogadores corintianos marcaram forte e deu certo, o Neymar e outros “gênios” do Santos não fizeram nada e saíram de cabeça baixa, falando da “retranca” do Corinthians.

O Tite deu entrevista na Fox Esporte depois do jogo, disse que não ia comentar nada do que foi dito pelos adversários. Certo está ele, quem perde tempo com conversa fiada é fofoqueiro, o jogo é dentro do campo. Não adianta ficar o dia todo provocando o adversário pelo Twitter como fez o Neymar, tem é que fazer gol.

Hoje tem jogão, vamos ver quem será nosso adversário na final, o primeiro jogo é lá (Chile ou Argentina) e o segundo jogo - a finalíssima - será no Pacaembu. Vamos torcer muito, nação corintiana! Esse grito está preso em nossa garganta há décadas, está na hora de gritar: Corinthians, campeão da Libertadores!

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Zailda Coirano