segunda-feira, 16 de maio de 2011

Corinthians morre na praia

neymar_dentinho_efeÉ com profundo pesar que escrevo aqui hoje, minha vontade era ter escrito ontem para comemorar o campeonato, mas nem sempre as coisas acontecem da forma que esperamos.

Jogo de ontem à tarde

Logo que o jogo começou tive um mau presságio, que à medida em que o jogo prosseguia foi se confirmando. Não que nossos jogadores não estivessem bem, mas já dava pra notar que a maré não estava para peixe, ou antes – estava.

Não temos do que reclamar, nenhum árbitro ficou no nosso caminho, não se pode dizer que o Neymar tenha brilhado em campo, pelo menos não fez tudo o que sabemos que é capaz de fazer, e nem foi necessário. Para que haja um resultado positivo, costumo pensar que são necessários:

30% de técnica (a parte do técnico do time)

30% de talento (onde entram os jogadores)

40% de sorte (ou acaso, como preferirem)

Cada jogo tem sua história e a forma como ela se desenrola em campo depende principalmente desses 3 fatores. Se um técnico contribui em apenas 10% para que seu time vença, esses 20% que ficam faltando são deixados a cargo do “destino” e irão se somar aos 40% relegados ao acaso.

Quando os jogadores estão com seu estado emocional comprometido ou não estão jogando o que sabem, parte do que seria definido por seu talento também será relegado ao acaso.

Ora, um jogo de decisão sempre mexe muito com o estado emocional não só dos jogadores como também da torcida, e eu não vi nenhum jogador que eu pudesse dizer que se destacou no jogo de ontem. O que vi foi um jogo amarrado, algumas faltas desnecessárias e um jogo decidido por um “frango”. Não estou aqui culpando o goleiro por nossa derrota, mas que aconteceu não há como negar, basta ver o replay.

Torcedores revoltados

Li que alguns torcedores revoltados picharam o muro do Parque São Jorge, pedindo a cabeça do técnico. O momento é de reflexão, temos que entender o que deu errado e o que precisa mudar, mudanças feitas de cabeça quente nunca são as melhores opções e são sempre motivo para arrependimento futuro.

Não creio que seja o momento de “cobrar”, para um time que há alguns anos sentiu o sabor amargo do grupo B, chegar a uma final é prova de que um longo caminho foi percorrido na direção certa. Claro que não iremos nos conformar em ser sempre o segundo lugar, mas vamos ver o lado positivo: melhor ser o segundo que ser o último.

Vice-campeonato com sabor de derrota

Todo vice é um derrotado e temos pouco para comemorar. Como consolo resta apenas o fato de que estamos entre os melhores, que junto com o Santos decidimos o campeonato paulista de 2011. Como o segundo lugar é o primeiro perdedor, hoje vamos trabalhar mais tristes, com a sensação de que vencemos muitas batalhas mas perdemos a última e mais importante. Outras virão, se isso serve de consolo. Nadamos, nadamos e morremos na praia. Literalmente. Na Baixada Santista.

Saudações corintianas!

assinatura branca

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